Pela noite dentro a lua se agita em mim,
com garras me afundo em pensamentos e tormentos,
vejo pessoas esquecidas pela falta de amor dos ricos lordes
pessoas aquecidas pelo lume do lixo de caixotes e contentores,
o gelo é tanto que a gangrena já começa a anestesiar a sensibilidade,
olhares vazios distantes, como se já nada esperassem,
como se a palavra esperança fosse algo longe demais
que se perdeu no próprio tempo.
As minhas garras rasgam as minhas vestes
e como lobo esfomeado ou gato selvagem,
esta noite vou caçar ratazanas,
aquelas que dormem em mansões
aqueles que supostamente serviriam para nos governarem
e não para nos roubarem!
Mas por mais fome que tenha
nunca conseguirei comer ratazanas
são indigestas demais!
e até as prisões são luxuosas casas de férias,
é apenas aparência e nada mais.
O lugar mais certo para ratazanas deste calibre
é nas lixeiras,
não dizem que a lixeira é o paraíso dos ratos ?
então é lá o lugar deles,
enquanto que o povo inocente
nada mais merece do que paz verdade liberdade e felicidade
sim porque não há liberdade
é tudo aparência e nada mais!
na verdade só os corruptos chegam mesmo a altas posições,
mas uma alma livre e independente
nunca se deixara corromper,
isso sim é ser-se livre
e ser mais forte do que toda a podridão que teima em nos querer escravizar.
_/\_ Livro II - O LIVRO Proibido De Gabriel, o lado negro de um anjo branco , sensibilidade e rebeldia à flor da pele, dfm _/\_
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